Veremos a seguir se é realmente possível repor colágeno no organismo, a fim de prevenir e tratar o envelhecimento precoce, assim como doenças reumáticas.
Por conta de fatores internos e externos, como poluição, tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol, entre outros, a pele de todo ser humano tende a envelhecer com o tempo. Esse envelhecimento acontece, principalmente, por causa da diminuição das funções normais do organismo.
Nesse processo, ao longo dos anos, ocorre perda de colágeno, o que implica diversos fatores negativos que contribuem para o envelhecimento precoce.¹ No entanto, atualmente, há alguns estudos que comprovam a eficácia da reposição de colágeno no organismo.1-3
Portanto, hoje serão destrinchados detalhes sobre o tema, abordando se a suplementação de colágeno realmente funciona e quais são os benefícios que esse tipo de processo pode trazer.
O que é colágeno e como atua?
O colágeno é uma proteína de rápida absorção que pode ser encontrada naturalmente no organismo. No entanto, com o tempo, o corpo começa a ter deficiência desse componente essencial ao organismo.4
Segundo Silva e Penna, o colágeno fornece aminoácidos – moléculas que formam as proteínas – importantes que contribuem para a estabilidade e a resistência das cartilagens do corpo. Além disso, promove benefícios estruturais para o sistema em que se encontra, ou seja, é essencial para manter a estrutura da pele e das articulações.3
O início da perda de colágeno no organismo costuma ocorrer entre os 18 e os 29 anos(PDF-228kb). Aos 40, essa deficiência começa a aumentar, chegando a 1% ao ano quando comparada à de jovens adultos. Além disso, é preciso avaliar que mulheres sofrem mais com essa perda, afinal a menopausa também contribui para ações de perda do colágeno.¹
Os tipos de colágeno mais abundantes no organismo são o I e o II, responsáveis diretos pela forma e elasticidade de nossa pele, tendões, ligamentos, ossos e cartilagens. Portanto, a deficiência desses dois tipos pode trazer malefícios importantes ao corpo, como envelhecimento precoce e doenças reumáticas, como artrite e artrose.3,5,6
Suplementação de colágeno realmente é possível?
Segundo Ohara, o colágeno possui boa disponibilidade e capacidade de absorção pelo organismo, ou seja, é possível suplementá-lo de maneira segura e eficaz. No entanto, é preciso estar atento às instruções médicas e ao tipo de suplementação.¹,2
Hoje, a suplementação de colágeno tornou-se um tratamento popular e moderno por causa de seus benefícios comprovados. Além de ser eficiente no combate ao envelhecimento cutâneo (envelhecimento da pele), também pode conferir mais qualidade de vida às pessoas que sofrem com reumatismo.¹
Lista de benefícios promovidos pela suplementação de colágeno1-3,5,6
- Promove elasticidade da pele.
- Auxilia a recuperação das cartilagens.
- Trata e previne rugas, assim como marcas de expressão.
- Contribui para a saúde dos ossos e ligamentos.
- Melhora a densidade da pele e auxilia a restauração de fibras do tecido.
- Promove hidratação cutânea.
Tipos de suplementação de colágeno
Veja os tipos existentes de suplementação de colágeno:¹
- Oral.
- Tópico.
- Micropuntura.
- Injeção.
- Preenchimento.
- Volumizador.
- Estimulante.
Contudo, para combater o envelhecimento precoce e doenças como artrite e artrose, da maneira correta, utilizando colágeno, você deve procurar auxílio médico. Afinal, cada caso é único e precisa ser tratado de modo individual, principalmente quando se fala sobre procedimentos invasivos.
Jamais realize procedimentos do gênero com pessoas que não estejam realmente aptas a efetuá-los. Portanto, busque sempre a ajuda de um especialista quando o assunto for reposição de colágeno.
Referências
- Ferreira AS, Gandra MF, Freitas CA, Varela CNC, Castro GC, Silva KBM, et al. Suplementação de colágeno e outras formas de tratamento no combate ao envelhecimento cutâneo. REAC/EJSC. 2020;12:1-7.
- Wieczorek C, Oliveira MM, Machado KE. Benefícios do colágeno hidrolisado na prevenção e no tratamento do envelhecimento cutâneo. Revista Saúde em Foco. 2021;8(1).
- Bombana VB, Zanardo VPS. Uso do colágeno hidrolisado na prevenção do envelhecimento cutâneo. Perspectiva(PDF-135kb). 2019;43(161):101-10.
- Vargas DM, Audí L, Carrascosa A. Peptídeos derivados do colágeno: novos marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo. Rev Assoc Med Bras. 1997:43(4).
- Cruz D, Pacheco F. Uso de colágeno no tratamento de doenças osteoarticulares: uma revisão integrativa. Monografia. Centro Universitário AGES. Paripiranga, 2021.
- Velosa APP, Teodoro WR, Yoshinari NH. Colágeno na cartilagem osteoartrótica. Rev Bras Reumatol. 2003;43(3).