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Publicado em: 06/07/2023

Colesterol e triglicerídeos: qual a diferença entre eles?

Publicado em: 06/07/2023

Colesterol e triglicerídeos: qual a diferença entre eles?

Colesterol e triglicerídeos são dois tipos de gorduras presentes no nosso organismo. Quando em níveis normais e saudáveis eles são essenciais para o funcionamento do corpo, ajudando na produção de hormônios, por exemplo. No entanto, quando estão em excesso são prejudiciais, aumentando, inclusive, o risco de doenças cardíacas. Entenda as principais diferenças entre eles.

Colesterol – principal característica do colesterol é que o componente familiar (hereditário) é decisivo para que a pessoa tenha, ou não, excesso de colesterol no sangue. Segundo a Associação Brasileira de Nutrição, 80% do colesterol é produzido no nosso fígado e o restante vem da alimentação (principalmente margarina, frituras, carnes gordas, queijos amarelos, leite integral e creme de leite).1

Em níveis normais, o colesterol é bom e necessário para o corpo. Ele auxilia na produção de hormônios (importante, por exemplo, na regulação do ciclo menstrual feminino) e na manutenção das funções do organismo como, formação de sais biliares (fundamentais para uma boa digestão alimentar) e vitamina D.2

No mais, esse composto gorduroso se divide em dois tipos de proteínas, HDL e LDL. Conhecido também como “colesterol bom”, o HDL ajuda a remover as gorduras em excesso das paredes das artérias. Já o LDL tem a “fama de mau” justamente porque vai ficando depositado nessas paredes arteriais formando placas de gordura.3

Triglicerídeos – Os triglicerídeos, diferentemente do colesterol, são obtidos principalmente através da alimentação, principalmente em situações em que há consumo excessivo de alimentos gordurosos, doces e álcool3. Isso significa que uma parte mínima desse tipo de gordura é produzida pelo organismo. Assim como o LDL, o excesso de triglicerídeos aumenta o risco de desenvolver problemas nas artérias e veias do coração,3 além de inflamação no pâncreas. No entanto, é fundamental que eles sejam mantidos em níveis normais no organismo, pois são responsáveis por parte do fornecimento de energia ao corpo.4

Diagnóstico para colesterol e triglicerídeos

Segundo o Consenso Brasileiro (PDF 969KB), o diagnóstico dos índices de colesterol e triglicerídeos é feito através do exame de sangue chamado “Perfil Lipídico”. Esse exame identifica os valores de: Colesterol Total (CT), LDL‐C, HDL‐C, não‐HDL‐ C e Triglicérides (TG).5 Veja a seguir os índices de referência para o colesterol e triglicerídeos:
Valores de referência para adultos com mais de 20 anos (adaptado da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas).

  Com jejum (mg/dL) Sem jejum (mg/dL)  
Colesterol total <190 <190 Desejável
HDL >40 >40 Desejável
Triglicerídeos <150 <175 Desejável
      Categoria de risco
LDL <130 <100 <70 <50 <130 <100 <70 <50 Baixo Intermediário Alto Muito alto
Outros lipídios (compostos gordurosos) não-HDL <160 <130 <100 <80 <160 <130 <100 <80 Baixo Intermediário Alto Muito alto

Valores de referência para crianças e adolescentes (adaptado da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas).

  Com jejum (mg/dL) Sem jejum (mg/dL)
Colesterol total <170 <170
LDL <110 <110
HDL >45 >45
Triglicerídeos (0 a 9 anos) <75 <85
Triglicerídeos (10 a 19 anos) <90 <100

A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas reforça que apenas um médico pode realizar a interpretação correta dos exames. Não tente interpretar os exames por conta própria, pois o médico levará em consideração todo o seu histórico de saúde, bem como outros exames.

Diagnóstico para colesterol e triglicerídeos

Na maioria das vezes, os sinais e sintomas de colesterol e triglicerídeos elevados são silenciosos, ou seja, não se manifestam de forma característica. Por isso, é essencial a realização de exames de rotina e visitar médicos especialistas, principalmente se houver familiares com problemas cardíacos relacionados.7

Se não tratados, ou em casos graves, os problemas de colesterol e triglicerídeos podem causar doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), inflamação no pâncreas e aumento do tamanho do fígado e do baço.7

Alguns dos sintomas perceptíveis e que são um sinal de atenção para buscar atendimento médico são:6

 

    • Sensação de formigamento: normalmente nos braços e pernas;

    • Falta de ar;

    • Confusão mental;

    • Xantomas: erupções na pele com acúmulo de lipídios (gordura). As erupções são avermelhadas e com “bolinhas” amareladas, normalmente próximo das articulações. Pacientes graves podem ter manifestação de xantomas nas costas, nádegas, mãos, pés e tronco;

    • Xantelasma: é o depósito de gordura, principalmente colesterol, ao redor dos olhos.8

Como prevenir e evitar o colesterol e triglicerídeos elevados

Considerando os fatores de risco e as principais causas dos problemas de colesterol e triglicerídeos, a melhor forma de prevenir é viver um estilo de vida saudável e se alimentar bem.8

O Ministério da Saúde recomenda (PDF 661KB):9

 

    • Reduzir a ingestão de alimentos ricos em gordura e colesterol: embutidos, carne vermelha, leite e derivados, pele de aves e gema de ovo;

    • Reduzir a ingestão de óleos vegetais com muitos ácidos graxos: óleo de dendê e óleo de palma;

    • Não consumir alimentos industrializados que contenha gordura trans;

    • Diminuir o consumo de carboidratos: para pacientes com diabetes ou obesidade;

    • Prática de exercícios físicos: entre 3 e 6 vezes na semana por aproximadamente 150 minutos;

    • Não fumar em nenhuma hipótese.

Colesterol-Triglicerides

Níveis elevados de HDL são positivos?

Se o HDL é o colesterol bom, então os níveis elevados também são bons para a saúde? Na verdade, não.

Níveis elevados de colesterol HDL podem ocorrer em casos de doenças genéticas. Nesses casos, o colesterol HDL possui má funcionalidade e acaba não protegendo contra as doenças cardiovasculares.10

As mutações genéticas são causa primária para o HDL elevado. No entanto, algumas condições secundárias também podem aumentar os níveis. Exemplos: uso crônico de álcool, hipertireoidismo (distúrbio da tireoide que provoca produção de hormônio em excesso), cirrose e uso de alguns medicamentos (corticosteroides e insulina).10

Tratamentos medicamentosos somente devem ser prescritos e orientados por um médico.

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Referências

 

Material destinado ao público geral. BRZ2277390 – Junho/2023

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